quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Cheio, sem vazio.

Ele vivia um sonho real. Viajava atrás do que queria, procurava, conhecia, ajudava. Ele era tudo o que sempre tinha querido ser. Tinha tudo, tudo o que precisava para sentir que valia a pena continuar. Nunca houve um momento mau, um momento em que pensou que faltava algo mais, porque não faltava. Não havia vazio, este era cheio de infinito amor, paz, fé, esperança e ao mesmo tempo certeza. Ele vive mesmo assim e tem mesmo esse presente diário. Acorda feliz, a sorrir, sempre.
Ele chega a casa depois de ter estado uns dias longe, depois de ter acrescentado mais detalhes ao seu livro. Ao chegar encosta-se à ombreira da porta e observa a sua que da qual ele é. É inexplicável e ela não o viu. Ele permanece a observar radiante perante tal visão. Toda ela tem sentido, toda ela completa. O peito aperta e cai-lhe uma lágrima que diz "tenho sorte", quando nem na sorte acredita e traduz para "obrigado". Ele aproxima-se e aquece a garganta, ela fustiga-o com o olhar e desenha um sorriso que só ele sente daquela forma, porque é o sorriso dele. Apertam-se, olham-se nos olhos e não lhes falta nada.

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